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Protegido como Reserva da Biosfera pela UNESCO, o Parque Nacional da Peneda-Gerês é um tesouro nacional português e um lugar único onde a Natureza e o Homem coexistem em saudável harmonia.

Com cerca de 70 000 hectares, o Parque oferece uma incrível e diversificada rede de percursos de montanha, permitindo aos visitantes experienciar lagoas, cascatas, história, cultura, tradições, gastronomia regional e aldeias históricas.

Selecionámos cinco trilhos para entusiastas de montanha, com a ressalva de que nenhuma destas rotas deve ser realizada em solitário, pois exigem preparação e conhecimentos de montanha.


1. Pico Penameda – Trilho da Peneda (PR 17, Arcos de Valdevez)

Este percurso tem muito para oferecer! Maravilhe-se com a majestosa Fraga da Meadinha, ponto de encontro de escaladores nacionais e estrangeiros desde os anos 40. À medida que sobe, deixará a igreja e a aldeia da Peneda lá em baixo, desfrutando de panoramas magníficos. No cume, encontrará um lago artificial, conhecido localmente por “Pântano”, que alimentava uma pequena central hidroelétrica ao serviço da aldeia. Ao fundo ergue-se o Pico Penameda, o ponto mais alto da Serra da Peneda (1 268 m). A descida faz-se pela Branda da Bouça dos Homens e, depois de a atravessar, regressa-se à Peneda por um antigo trilho de peregrinação.
Dificuldade: Média/Alta

2. Trilho do Pão e da Fé – Soajo (PR 7, Arcos de Valdevez)

Os caminhos de calçada que propomos testemunharam séculos de festas religiosas e do ritmo da vida quotidiana, fruto do casamento entre a fé e a luta pela subsistência. O ciclo do pão, transmitido de geração em geração, espelha o ciclo da vida e reflete-se na paisagem, nos espigueiros e na diversidade de ecossistemas, especialmente na agricultura do milho e na criação de gado. Estes percursos foram também vias de peregrinação até ao Senhor da Paz, à Senhora da Peneda, a São Bento do Cando e até a Santiago de Compostela.
Dificuldade: Média

3. GR50 – Grande Rota do Parque Nacional

Com cerca de 190 km, distribuídos por 19 etapas que atravessam as serras de Castro Laboreiro, Peneda, Soajo, Amarela e Gerês e o planalto da Mourela, o GR50 é uma das mais extensas rotas de montanha de Portugal, integralmente em terreno montanhoso. A primeira etapa inicia-se em Ameijoeira (Castro Laboreiro) e termina em Tourém, depois de cruzar o Parque pelas áreas de Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Montalegre. Inspirada na paisagem, cultura e estilos de vida das comunidades locais, a rota inclui caminhos medievais, trilhos de migração sazonal, antigos caminhos de pastores, prados de montanha, rotas de peregrinação e antigas vias de contrabando. Em cada etapa, encontra pontos de interesse natural — bosques de carvalho, santuários de biodiversidade e, em altitudes mais elevadas, picos rochosos com encostas íngremes e vistas tranquilas.
Dificuldade: Fácil/Média
Pode ser percorrida etapa a etapa.

4. GR34 – Serra Amarela (Ponte da Barca / Terras de Bouro)

O GR34 é um percurso circular de 35 km, dividido em quatro etapas: duas em Ponte da Barca e duas em Terras de Bouro. A Serra Amarela (1 361 m) caracteriza-se por verões frescos e invernos rigorosos, com precipitação acima da média nacional. A sua vegetação resulta do clima, geologia e atividade humana: matagais dominados por urze e tojo e, perto do cume da Louriça, um dos maiores bosques de azevinho do país. A fauna inclui muitas das 235 espécies de vertebrados do parque. Este território habita-se desde o Neolítico, e ao longo dos séculos aperfeiçoaram-se técnicas agrícolas e pastorícias que equilibram o uso dos recursos naturais.
Dificuldade: Média/Alta

5. Trilho do Pastor (PR 11, Pitões das Júnias / Montalegre)

Este pequeno percurso circular liga o planalto da Mourela às arribas graníticas da Serra do Gerês. Segue trilhos tradicionais, em caminhos estreitos e irregulares, conferindo algum grau de dificuldade. Inicia-se e termina na placa de informação do Largo do Eiró, no centro de Pitões das Júnias. Pelo percurso, explore a aldeia, o Centro de Interpretação da Mourela, o Mosteiro de Santa Maria das Júnias, o miradouro da Cascata, as panelas de Pereira, o Fojo do Lobo, abrigos de pastores e a aldeia de São Vicente do Gerês, referenciada nas Inquirições Afonsinas de 1258. Além destes pontos, encontrará paisagens deslumbrantes, desde picos imponentes a carvalhais ancestrais cobertos de musgo e líquenes. A marcação bidirecional permite três variantes: 15,5 km, 9 km ou 8 km, todas com início e fim na praça da aldeia (PR11).
Dificuldade: Média


O Parque Nacional da Peneda-Gerês é um tesouro escondido e guardião de tradições milenares. A sua dimensão e diversidade garantem percursos para todos os gostos, mas é fundamental respeitar a biodiversidade e avaliar cuidadosamente os perigos da montanha, tendo em conta as suas capacidades físicas e técnicas.

Nota: O acesso a zonas de proteção total, como a Mata da Albergaria, exige autorização prévia do ICNF.

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